FELS e Fólio realizam workshop para discutir transição para uma nova agricultura

Diante dos impactos negativos gerados pelo agronegócio brasileiro, baseado no modelo intensivo de produção da Revolução Verde, a Fazenda Escola Lagoa do Sino (FELS) e a Folio uniram-se na promoção de um workshop para discutir as oportunidades, objetivos e desafios para um novo desenho da agricultura.

O workshop foi realizado no dia 16 de abril no Campus Lagoa do Sino da UFSCar e teve o objetivo de pensar um plano de transição para uma produção mais sustentável de alimentos, passando por questões agronômicas, de pesquisa e ensino, bem como por desenhos institucionais e uma governança favorável ao novo modelo, que coloca o produtor rural como protagonista.

Entre as discussões acordou-se que promover uma agricultura realmente sustentável, que seja financeiramente viável, ambientalmente correta e socialmente justa, onde o produtor rural recupere seu protagonismo e autonomia, é fundamental para os avanços em relação à segurança e soberania alimentar, bem como a promoção de uma agricultura familiar ampla e inclusiva.

O evento contou com a participação de docentes e técnicos da UFSCar, além de agentes de toda a cadeia produtiva, desde fornecedores de insumos, produtores rurais, compradores de grãos, pesquisadores de diferentes instituições, corroborando para a integração de diversas percepções acerca do assunto abordado. Para Alberto Carmassi, diretor do Campus Lagoa do Sino e coordenador da FELS, a UFSCar ganha protagonismo reunindo produtores e empresas que são referências nessa nova agricultura “com isso a gente sai na frente e promove ensino, pesquisa e extensão de qualidade com os resultados obtidos" explica o docente.

O evento marca o início de uma parceria entre a FELS e a Folio, que busca desenvolver um campo experimental para estudar e viabilizar este modelo de transição. Segundo Luis Barbieri, sócio fundador da Folio “é interessante ver que a gente está discutindo como colocar em prática um pouco da visão original da criação desse lugar [Campus Lagoa do Sino], isso cria muita potência para a gente avançar” finaliza Barbieri.

Texto: Maria Alice Baschiera Pezzoni
Publicação em 03/05/2024